quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BILHETE DE AMOR

Dentro daquela caixinha, uma bolinha de papel amassada...
Nada além que um bilhete de amor desbotado pelo tempo, jogado!
Ao abrir àquela bolinha e reler novamente às tuas palavras de carinho
Senti reacender o antigo êxtase do prazer
Meu semblante decaído, envelhecido, tornou-se inquieto
Cheio de desejos, ligeiramente profanos...

Pouco foi o tempo que escondidos muito nos amamos
No silêncio das madrugadas, no passeio das calçadas
À tardinha à beira-mar, nos aconchegantes quartos dos hotéis
Ah, quão inesquecível é aquele tempo...
Incompreensível é sabermos que não fomos felizes para sempre
Que tivemos que seguir à sós, e em paralelos:
Eu com a minha vida, e você com o seu destino

Hoje, após longos invernos e verões, revivendo aquele nosso amor
Reencontro as saudades guardadas da minha mocidade
Descubro que nesse espaço de tempo, os sonhos se foram
O amor também não resistiu e, desiludido deixou-me sozinha
E completamente perdida!

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