sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A PONTE

Chegamos atrasados para o espetáculo do por-do-sol
Aquele amarelo-ouro já ía sumindo com o seu brilho
Enquanto a noite descia negra sobre a ponte
Diante daquele mar barulhento de águas azuis
Ficamos a admirar o horizonte longínqüo...

Alí, abraçados a namorar, fomos assistidos pela natureza
E permanecemos na cumplicidade mágica daquele
Tapete de madeira e ferro, por um tempo inesquecível...

A brisa fresca acariciando a nossa pele...
O vento forte soprando nos meus cabelos...
O navio ao longe...naufragado!

Gente que ía e vinha, a passeio...
Casais que ora beijavam-se, ora davam-se às mãos
E entregavam-se em abraços carinhosos...
O barulho das ondas quebrando nas pedras...
Ah, quantas saudades que sinto de tudo...

Do por-do-sol que não vimos
De tudo o mais que poderíamos ter vivido e não vivemos
Da quentura das tuas mãos a segurar as minhas
Dos nossos beijos ardentes, prolongados, apaixonados
Saudades, só saudades...

Da tua essência em mim que se impregnou
Desse amor sem tempo nem idade
Dessa certeza que me deste de ser tão amada
De enxergar em nós tamanha igualdade
Saudades do estar contigo, simplesmente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário